A Lei Federal 12.305, de 2 de agosto de 2010, institui a Política Nacional de Resíduos Sólidos e, ao fazê-lo, traz consigo um conceito fundamental: a responsabilidade compartilhada. Esse dispositivo legal, que envolve todos os atores da sociedade – desde o poder público até as empresas e o cidadão comum – é uma poderosa ferramenta para a gestão adequada dos resíduos sólidos e, mais do que isso, para a construção de uma sociedade mais sustentável e consciente.

      Mas o que significa essa “responsabilidade compartilhada”? Em sua essência, é a ideia de que o problema da geração de resíduos e a busca por soluções para sua destinação não devem ser responsabilidade de um único ente, mas de todos os envolvidos no ciclo de vida dos produtos. Desde a concepção e fabricação até o descarte e a reciclagem. O consumidor, por exemplo, não é apenas um consumidor passivo, mas um participante ativo que deve estar consciente de suas escolhas, de como usa e descarta os produtos, de forma a mitigar o impacto ambiental.

      Essa responsabilidade não se limita a uma obrigação legal, mas é uma chamada à consciência individual e coletiva. Cada pessoa, ao adquirir um produto, deve refletir sobre o que ocorrerá com ele depois de seu uso. Como será descartado? Poderá ser reciclado? Qual é o impacto desse item no meio ambiente?

      Portanto, a responsabilidade compartilhada não deve ser vista como um peso, mas como um convite à transformação social. É um lembrete de que, em um mundo cada vez mais interconectado, todos temos um papel a desempenhar para garantir um futuro mais equilibrado e saudável para as próximas gerações. A mudança começa com a reflexão sobre as atitudes de cada um e, ao fazer nossa parte, podemos construir um ciclo mais harmônico de produção e consumo, respeitando o planeta e uns aos outros.

      Cada ação conta, cada escolha tem impacto. 

      E, ao entender que somos todos responsáveis, podemos contribuir para um mundo mais sustentável e justo.